O pré-candidato a prefeito de São Luís foi aprovado para o Curso de Direito da UFMA aos 16 anos e de Analista Judiciário do TJ aos 18, concluiu a trajetória acadêmica aos 21 e hoje, aos 36 anos, é mestre em Direito Constitucional
“Uma mentira dita 1.000 vezes acaba virando uma verdade”. “Filho de peixe, peixinho é ”. “Goiabeira não dá manga, mas, sim, goiaba”. Esses são alguns dos muitos ditos populares usados para criar um estereótipo de uma pessoa. “Ele é burguês”. “Ele não cheira a povo”. “Ele é playboy”. “Ele é herdeiro político do pai”.
Nos últimos dias, por conta do clima eleitoral, nos debates nas redes sociais, em especial nos grupos de whatsapp, internautas têm adotado algumas dessas frases preconceituosas para estereotipar o deputado federal licenciado e pré-candidato à prefeitura de São Luís – Rubens Pereira Jr (PCdoB), filho de Rubens e Suelly Pereira.
Analisando os comentários, percebe-se que a estratégia dos disseminadores das fake news tem um único objetivo: propagar uma mentira contra o pré-candidato até que ela vire verdade em razão do incômodo causado pela jovialidade, a precoce consolidação de sua trajetória pública e o fato de ser filho de ex-político.
É impressionante como as expressões jocosas só levam em consideração, além da aparência física e descendência familiar, apenas a trajetória política,e não de vida traçada pelo patriarca e percussor da família que abraçou a carreira política: o pai foi prefeito de Matões e deputado estadual.
Percebe-se, inclusive, uma total despreocupação com o futuro político da cidade. Não existe nenhum ou há muito pouco interesse em saber quem é Rubens, o jovem político socialista que se oferece como alternativa para a gestão de São Luís no quadriênio que se aproxima.
QUEM É RUBENS?
Casado com a enfermeira Tereza Pereira, pai de um casal de filhos, nascido em São Luís, em 1984, no bairro da Madre Deus, região respeitada pela sua tradição cultural. Portanto, não tem como não possuir em seu DNA social a cultura popular, referência mundial de nossa cidade.
Diferente da maioria dos “herdeiros de mandatos políticos”, antes mesmo de ingressar na vida pública com a outorga do povo, diga-se de passagem, Rubens sempre priorizou a educação.
Ele ingressou no curso de Direito da UFMA aos 16 anos e dois anos depois, também mediante concurso, foi aprovado para o cargo de Analista Judiciário do TJ-MA. Aos 21 anos, dividindo-se entre a faculdade e o trabalho, graduou-se obtendo aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB logo em seguida.
MENTIRA QUE TENTAM TRANSFORMAR EM VERDADE
Na realidade, percebe-se que falam tanta coisa de Rubens que chega a ser sádico. No intuito de prejudicá-lo na disputa, traçam um estereótipo perverso e sem fundamento pelo simples fato de ser filho de político, pois as críticas negativas não são direcionadas à sua capacidade gestora ou parlamentar. “Herdeiro político do pai” tem sido único argumento usado pejorativamente.
Entretanto, se o sobrenome fosse fator preponderante, o deputado federal Eduardo Braide não estaria na liderança absoluta nas pesquisas de intenção de voto rumo à prefeitura de São Luís. Senão vejamos:
Braide é filho do economista piauiense Carlos Braide, que conquistou uma vaga no legislativo estadual pela primeira vez em 1986, garantindo cinco mandatos consecutivos. Ele foi presidente da AL e, interinamente, governador do Maranhão. Além do pai, a vida pública também foi atividade da sua tia, a ex-deputada Janice Braide, eleita em 1994, 1998 e 2002. Braide ainda é sobrinho do ex-prefeito e “quase dono” de Santa Luzia, Antônio Braide, marido de Janice.
Criado no seio político, Eduardo tinha 10 anos quando Carlos Braide se elegeu pela primeira vez. Formou-se aos 24 anos e aos 29, com a chancela do deputado, assumiu seu primeiro cargo público: o comando da então sucateada CAEMA. Aos 34 anos, foi eleito deputado estadual em substituição ao pai. Hoje, aos 44 anos é deputado federal e líder na intenção de voto para a Prefeitura de São Luís. Então pergunta-se: será que o sobrenome político de fato é o fator pelo qual Rubens vem sendo atacado?
Em uma rápida comparação, assevera-se que a grande diferença entre os patriarcas de Eduardo e Rubens é apenas uma: enquanto Braide fez fortuna na política, sem conhecimento livresco, Pereira precisou escavar barranco, em busca de ouro, no garimpo de Serra Pelada.
“Ser filhinho de papai” não pode ser usado pra conspurcar o nome de Rubens já que na disputa em foco ele não é o único com sobrenome gravado na história da Assembleia Legislativa do Maranhão. Além do Pereira, Braide e Evangelista, este último, filho do saudoso ex-vereador e ex-deputado João Evangelista, são sobrenomes fortes na corrida sucessória rumo ao Executivo Municipal.
“Falam e fazem tanta comparação que sinceramente não consigo entender a lógica que utilizam. Cada um de nós nessa disputa tem, sim, nossas histórias e referências familiares, porém, somos indivíduos com valores, visões, ideologias e sonhos próprios. Penso que nesse momento não é para trás, mas pra frente que se deve projetar o olhar. O melhor gestor não será aquele que tem ou não um sobrenome forte na política pretérita, mas o que tem compromisso e preocupação com o combate à pobreza predominantemente enraizada em nossa cidade, aquele que melhor projeto tiver para a saúde, educação, saneamento básico, emprego e renda. O debate não pode ser medíocre, desapoiado da perspectiva da boa gestão. Não se pode pensar na sucessão de uma capital com mais de um milhão de habitantes preso à pequenez. Enfim, estou pronto para debater minha cidade e para contribuir com ideias e projetos que visem cuidar do meu povo”, disse Rubens Junior.
EDUCAÇÃO COMO PILAR
Advinda do interior do Estado, muito embora Rubens seja cidadão ludovicense, a vida pública nunca foi prioridade para família Pereira. O pré-candidato é fruto de uma típica família classe média do Brasil que conseguiu sua emancipação sociocultural por meio de estudo responsável e comprometido com o alcance de dias melhores.
São vários dos seus familiares bem-sucedidos profissionalmente, conquistas vindas de aprovações em concursos públicos ou de atividades liberais exercidas com destreza.
Rubens que hoje é Mestre em Direito Constitucional pelo Instituto Brasileiro de Direito Público (IDP), que já exerceu dois mandatos de Deputado Estadual e está no segundo de Deputado Federal, acredita que sua formação na dimensão humana é fruto não só das escolas onde estudou e da família em que nasceu, mas sobretudo dos espaços sociais que frequentou.
Assim sendo, se orgulha em afirmar que cresceu tomando caldo de cana com pastel no bar do João na Rua do Sol, jogando futebol de praia pelo time do Totó do Mercado Central, que aprendeu a beber no bar Donatus no Bequimão, que conheceu sua esposa Teresa no Viva do Cohatrac e que frequenta o círculo de oração da irmã Márcia, na Vila Palmeira.
“Toda minha vida foi em São Luís, cidade que nasci e cresci. Aqui aprendi a sorrir, chorar, sofrer, cair e levantar. Aos 16 anos, usava o ônibus do Campus para ir à UFMA. Portanto, conheço de perto a realidade do transporte público de São Luís, bem como todas as demais dificuldades que convivem diariamente com cada cidadão comum, com cada criança e adolescente que sonham um dia mudar a vida de sua família, Com cada idoso cansado e já sem perspectiva de dias melhores. Enfim, com cada uma das pessoas simples nascidas aqui ou que escolheu São Luís para viver. É isso que quero enfrentar”, finalizou Rubens.