
A greve dos rodoviários chegou ao sexto dia nesta quarta-feira (19), mantendo parte da Grande São Luís sem atendimento de duas empresas de transporte, 1001 e Expresso Marina. Com isso, cerca de 30 bairros continuam sem ônibus circulando, obrigando moradores a recorrer a caronas, aplicativos e até caminhadas longas para conseguir chegar ao trabalho, consultas e outros compromissos.
Logo cedo, motoristas, cobradores e representantes do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão permaneceram mobilizados em frente à garagem da empresa 1001, pressionando por avanços nas negociações.
Na noite de terça-feira (18), o sindicato participou de uma reunião com o presidente da MOB, Adriano Sarney, para discutir a situação das empresas paralisadas. O presidente da entidade, Marcelo Brito, afirmou nas redes sociais que o subsídio estadual está em dia e criticou a postura dos empresários.
“O subsídio do Estado nunca atrasou. O problema é que os empresários sempre inventam desculpas porque o pagamento é diferente do nosso. Agora, sobre o subsídio do município, precisa alguém se pronunciar, precisa alguém conversar conosco”, disse.
Linhas afetadas
O Expresso Marina deixou de atender dezenas de localidades, entre elas:
Vila Cascavel, Mato Grosso, Tajipuru, Tajaçuaba, Vila Vitória, Cajupary/Nova Vida, Vila Aparecida, Cidade Olímpica, Santa Clara, Socorrão Rodoviária, São Raimundo/Bandeira Tribuzzi, Uema Ipase, Janaína Riod, Cidade Operária/São Francisco, José Reinaldo Tavares, Maiobinha, Tropical/Santos Dumont e Tropical/São Francisco.
A greve da 1001, iniciada na sexta-feira (14), afeta moradores de aproximadamente 15 bairros:
Ribeira, Viola Kiola, Vila Itamar, Tibiri, Cohatrac, Parque Jair, Parque Vitória, Alto do Turu, Vila Lobão, Vila Isabel Cafeteira, Vila Esperança, Pedra Caída, Recanto Verde, Forquilha e Ipem Turu.
Justiça cobra comprovação de pagamentos
Em meio ao impasse, o Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA) intimou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) a comprovar, em até 48 horas, o pagamento integral dos salários e do auxílio-alimentação referentes a outubro de 2025.
A determinação do desembargador Luiz Cosmo da Silva Júnior foi motivada por denúncia do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sttrema), que acusa o SET de descumprir a liminar que determinou reajuste de 7% nos salários e 10% no vale-alimentação.
Enquanto as negociações não avançam, milhares de passageiros continuam enfrentando dificuldades diárias e incerteza sobre quando o serviço será plenamente restabelecido.








