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Maranhão se despede de Dr. Joaquim Itapary, ex-presidente da Academia Maranhense de Letras 

Morreu nesta segunda-feira (29), o ex-presidente da Academia Maranhense de Letras, Dr. Joaquim Itapary, que estava internado com graves problemas de saúde como insuficiência cardíaca e renal.

Dr. Joaquim Itapary era filho do município de São Bento e deixa um legado de muitos serviços prestados à cultura e ao jornalismo maranhense. O ex-presidente da AML ingressou no serviço público em 1954 como escriturário do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. Desde então, acumulou inúmeras funções passando pelo secretariado de Planejamento Econômico do Maranhão, procurador, coordenador do Incra, e funções na comunicação como diretor do Jornal do Povo, O Combate, Diário da Manhã, diretor-geral de O Estado do Maranhão e da revista Legenda.

Dr. Joaquim também foi deputado estadual entre os ano 1971 a 74. Foi agraciado com as Medalhas: do Mérito Timbira; do Sesquicentenário da Independência do Brasil; do Mérito Santos Dumont, Ministério da Aeronáutica; do Mérito da Biblioteca Nacional do Brasil; do Mérito do Museu Nacional de Belas Artes; Da Costa e Silva, Mérito Cultural do Estado do Piauí; do Sesquicentenário da Independência do Brasil; Daniel de La Touche Sieur de La Ravardière, da Prefeitura de São Luís; do Mérito Visconde da Parnaíba, Piauí; João Lisboa, do Mérito Cultural, do Conselho de Cultura do Maranhão; do Mérito Mafrense; da Criação da Justiça Militar do Brasil; do Mérito da SUDENE; do mérito de O Estado do Maranhão. Pertence à Ordem do Mérito de Brasília, à Ordem do Mérito Aeronáutico e à Ordem dos Timbiras (em todas no grau de grande oficial). É cidadão honorário de Alcântara-MA.

Além de reportagens, crônicas e artigos em jornais e revistas, publicou diversos trabalhos técnicos em edições autônomas e em periódicos especializados. Dentre tais trabalhos destacam-se Projeto do Maranhão: Notas sobre o problema da propriedade. Recife: Sudene, 1965; e Terras Devolutas: Direito e Colonização. São Luís: Assembleia Legislativa, 1973. Redator de projetos de plantas de desenvolvimento para a Sudene e o Governo do Maranhão. Participou com os acadêmicos Carlos Madeira e Vera-Cruz Santana da comissão redatora do projeto de Constituição Política do Estado do Maranhão para 1968. Coordenou a redação final da Lei N°. 7.505, de 2 de julho de 1986 (Lei Sarney) de Incentivo à Cultura e do Decreto N°. 93.335, de 3 de outubro de 1986, que a regulamentou.

Também foi professor titular fundador da Escola de Administração Pública do Estado do Maranhão, membro do Departamento de Economia e Matemática da Universidade Estadual do Maranhão. Diretor-superintendente do Sebrae – MA, Conselheiro e Presidente da Fundação José Sarney.

Parte de sua produção está reunida nas obras: Seis poemas de Joaquim Itapary. São Luís: Edições AML, 1987, e Do incerto ócio (poesia). Brasília: Edições AML, 1989. Publicou, ainda, A falência do ilusório; memória da Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil. São Luís: Alumar, 1995 (v. 11 da coleção Documentos Maranhenses); Sob o sol. São Luís: Edições AML, 2000; Tapuiranas. São Luís, edições da Academia Sambentuense, 2007; Hitler no Maranhão, ou O monstro de Guimarães. São Luís: Edições AML, 2011.

Membro da Academia Sambentuense, Joaquim Itapary reuniu, selecionou, organizou e prefaciou textos de natureza econômica de Bandeira Tribuzi, publicados, sob os auspícios do Banco do Estado do Maranhão S.A., no livro Estudos inéditos. São Luís: Sioge, 1992. Em colaboração com Álvaro Melo, organizou e anotou a 2ª edição do livro Pai e mestre, de Dom Felipe Condurú Pacheco. São Luís: Academia Sambentuense, 2004.