A Justiça do Maranhão negou o pedido de exame de sanidade mental feito pela defesa de Jordélia Pereira Barbosa, 36 anos, acusada de enviar um ovo de Páscoa envenenado que causou a morte de duas crianças e deixou a mãe delas gravemente ferida, em Imperatriz.

A decisão foi tomada na primeira audiência de instrução, realizada na segunda-feira (14), no Fórum Henrique de La Roque Almeida. O juiz considerou que não há indícios de incapacidade mental que justifiquem o exame.

O crime ocorreu em abril. Segundo as investigações, Jordélia enviou o doce à casa de Mirian Lira, atual companheira de seu ex-marido. Os filhos de Mirian, Evely Fernanda, de 13 anos, e Luiz Fernando, de 7, morreram após consumir o chocolate. Mirian também foi intoxicada, mas sobreviveu.

Em novo depoimento, a acusada voltou a dizer que enviou o presente, mas negou ter colocado veneno, atribuindo o crime a terceiros. A Justiça considerou a versão inconsistente.

Testemunhas, como o mototaxista que fez a entrega, familiares e colegas de trabalho da vítima, também foram ouvidas. A mãe de Mirian, Francisca Lira, disse confiar na Justiça e espera que o caso tenha um desfecho justo.