O governador Carlos Brandão foi o entrevistado do programa Metrópoles Entrevista, conduzido pelo jornalista Paulo Cappelli, onde abordou temas como o impacto do tarifaço dos Estados Unidos, avanços sociais no Maranhão e o cenário político para 2026.
Sobre o aumento de tarifas americanas sobre produtos brasileiros, Brandão afirmou que o impacto direto para o Maranhão será limitado, já que a maior parte da exportação via Porto do Itaqui é destinada à China e à Espanha. No entanto, destacou que fábricas de celulose na Bahia e no Maranhão serão afetadas, com uma queda estimada de 16% nas vendas para os EUA.
Ele alertou que uma eventual retaliação tarifária do Brasil pode encarecer a importação de combustíveis, já que 70% entram pelo Maranhão, e 90% desse volume é destinado ao agronegócio.
Brandão defendeu uma resposta coordenada com o governo federal. Segundo ele, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin estão à frente da articulação. “Não é hora de agir sozinho. É preciso união e liderança para proteger os interesses do país”, afirmou.
Na área social, o governador destacou que cerca de 1 milhão de maranhenses saíram da extrema pobreza e que o programa Maranhão Livre da Fome vai atender mais 430 mil pessoas com auxílio financeiro e ações de saúde e capacitação. O ICMS da cesta básica foi reduzido em 30%.
Sobre as eleições de 2026, Brandão declarou que o foco em 2025 será a gestão. “O debate eleitoral será feito no tempo certo. Meu compromisso agora é entregar resultados”, disse, lembrando que já entregou mais de 3 mil obras no estado.
Ele também comentou o distanciamento do ministro Flávio Dino, mas afirmou que mantém o respeito. “Cada um está em sua missão. Eu na política, ele na Justiça”, resumiu.
Por fim, reforçou seu perfil municipalista e destacou o diálogo com prefeitos de todas as correntes políticas. “Meu compromisso é com o povo do Maranhão, acima de ideologias”, concluiu.